TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)
O que é Autismo?
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou Autismo é uma condição em que se observa o atraso no desenvolvimento ou desenvolvimento atípico da criança, caracterizado por prejuízos em três importantes áreas:
- Habilidades Sociais (por exemplo: comprometimento do contato visual direto, uso e reconhecimento de expressões faciais ou gestos com função comunicativa, dificuldade em se relacionar com outras crianças da mesma idade, falta de iniciativa em demonstrar afetividade etc.);
- Comportamento (por exemplo: interesses restritos, inflexibilidade diante de mudanças na rotina, insistência por atividades ou situações específicas, interesse por partes de objetos, estereotipias etc.);
- Comunicação (por exemplo: ausência ou atraso da linguagem falada – sem compensação com gestos e mímicas –, dificuldade em manter um diálogo ou iniciar uma conversa, dificuldade na reprodução e/ou imitação em jogos ou brincadeiras comuns às crianças da mesma idade etc.)
Causas/Etiologia do Autismo:
Os estudos apontam que não há fator único que influencia a etiologia. Podem ser fatores genéticos (genes associados ao autismo) e Epigenéticos (ambientais).
Estima-se a prevalência atual de 1 a cada 59 crianças que nascem; com maior incidência masculina de 4 a 5 meninos para 1 menina. Por este motivo é associada à cor azul como representação do TEA.
Diagnóstico de Autismo:
É realizado através de avaliação médica (pediatra, psiquiatra e/ou neurologista). Ressalta-se a importância de uma investigação criteriosa para identificação de autismo associado a outros fatores ou descarte do diagnóstico (não preenchido os critérios diagnósticos). Os exames complementares são pedidos de acordo com os dados colhidos no momento da anamnese e exames físicos médicos, todos realizados de maneira individualizada.
O diagnóstico precoce associa-se a um melhor prognóstico, porém, a intervenção pode ser iniciada antes de fechado diagnostico!
Tratamentos para Autismo:
O tratamento do autismo não é curativo, mas, sim, visando minimizar os prejuízos, melhorar a qualidade de vida (paciente e família) e aproveitar o potencial do cérebro deste indivíduo (desenvolvendo suas capacidades – neuroplasticidade).
Nem toda criança precisa de medicação. A indicação é para tratar algum sintoma específico, que esteja atrapalhando seu desenvolvimento (por exemplo: agitação, hiperatividade, auto ou hetero agressividade, etc).
Terapias para Autismo:
A equipe multidisciplinar (terapeutas ocupacionais, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, educadores físicos, etc) tem como objetivos gerais o desenvolvimento da comunicação, das habilidades cognitivas, motoras e sociais e a realização de atividades de maneira o mais independente possível.
Importante elaborar um Plano de Tratamento Individualizado (PTI) para a criança (associando participação familiar, escola, acessos à saúde, questões de rotina etc.) e assistir os pais e/ou cuidadores (manejos e estímulos).
“Embora os autistas tendo, inquestionavelmente, grandes problemas em algumas áreas, podem possuir habilidades extraordinárias e socialmente valiosas em outras – desde que lhe seja permitido ser o que são: autistas” (Temple Grandin – escritora com autismo).