Em 1971, nos Estados Unidos, os médicos na NASA criaram uma veste chamada Penguin Suit, que era composta por uma série de cordas elásticas e que tinha como objetivo contrapor os efeitos negativos sofridos pelos astronautas durante a longa permanência no espaço, num ambiente sem gravidade, e que por isso, trazia sérios problemas anatômicos e fisiológicos, como osteoporose, atrofia muscular, problemas cardio circulatórios e outros malefícios a todo o organismo.
Os pesquisadores perceberam que os astronautas que não faziam uso da veste com elásticos, apresentavam instabilidade postural semelhante ao da criança com paralisia cerebral.
Em 1992, na Polônia, a veste Penguin Suit foi adaptada para ser utilizada em terapias de crianças com paralisia cerebral. Os poloneses denominaram a veste de Adeli Suit.
Em 2001, nos EUA, o casal Izabela e Richard Koscielny, modificaram e adaptaram para o tratamento de paralisia cerebral, e após a comprovação dos resultados, patentearam o método.
Além da veste, o método compreende o uso da gaiola de atividades e do sistema de elásticos, que permite exercícios nos 3 planos de movimento, ou seja, tridimensionais, para maior integração de movimento e função.
Toda a metodologia é fundamentada nas últimas descobertas que a neurociência e a neurofisiologia trazem ao nosso conhecimento, como a neuroplasticidade ou plasticidade cerebral, que consiste na capacidade de remapeamento das conexões das nossas células nervosas ou seja o processo que nos ajuda continuamente a aprender, e a neurogênese, a formação de novos neurônios. Concluindo, o Sistema Nervoso Central (SNC) possui a capacidade de regenerar e criar novas células nervosas.