O padrão extensor é considerado uma forma primitiva de movimento, que não permite à criança o desenvolvimento de uma motricidade mais elaborada, em que a flexão e a extensão estão em harmonia, permitindo, por exemplo, que a criança consiga se sentar sozinha, para isso, ela precisa de uma organização motora global, com tronco e joelhos em extensão e quadril flexionado.
Com a idade, o padrão extensor pode piorar, pois a criança acaba utilizando com mais frequência o movimento que é mais fácil para ela, no caso, a extensão, e vai deixando de utilizar e desenvolver a musculatura correta. É como uma “briga” de padrões – de um lado os estímulos e manuseios corretos da fisioterapia, e de outro, o padrão neurológico da criança. Por isso é tão importante a frequência e a intensidade das terapias!
É muito importante entender todo esse processo e trabalhar adequadamente para que esse padrão não seja reforçado, mas sim, utilizado quando for favorável para algumas posições.
De forma geral, o padrão extensor é prejudicial para o posicionamento, contribui para a deformidade óssea de pernas e pés e interfere também na deglutição, quando a língua assume o padrão extensor.
Quando forçamos a quebra do padrão extensor, estamos na verdade fortalecendo-o!
O ideal é trabalhar com manuseios adequados, dissociação e lateralidade da língua, incentivando a criança a utilizar a força adequada e trabalhando o fortalecimento da musculatura correta.
Recursos terapêuticos como a plataforma vibratória e a eletroestimulação neurofuncional também auxiliam a regular o tônus muscular.